terça-feira, 18 de outubro de 2011

VALE À PENA LER (07):

REPRESENTAR O POVO É UM DRAMA OU UMA COMÉDIA?

"Todos sabemos que a arte não é verdade. Ela representa a mentira que nos faz perceber a verdade; pelo menos a verdade que nos é dada entender". Pablo Picasso.
Lembro-me bem da minha primeira aula de Direito Constitucional em minha faculdade, como um amante de política estava ansioso para conhecer a nossa Carta Magna. Naquele dia tive uma reflexão que mudou minha forma de ver os políticos.

Ao lermos o artigo primeiro, no seu Parágrafo único, da vigente Constituição da República, veremos que este dispositivo faz a seguinte afirmação: "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." Portanto, o poder é do povo (soberania popular) que elege os seus representantes ao outorgar-lhes ou delegar-lhes um mandato parlamentar, para o Legislativo ou para o Executivo.

Em meio a tantas coisas, uma palavra me chamou a atenção: "representantes". Comecei a pensar em seu significado e me perguntei, "será que tem algum político que realmente me representa?". Representar alguém é algo muito profundo, que delega uma imensurável carga de responsabilidade, se não vejamos: para um político me representar ele deveria praticar os princípios básicos que regem a gestão pública, por meio da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Essas cinco palavrinhas ‘mágicas’, são um grande mistério para os nossos ilustres políticos, acredito que a maioria nem saiba o significado de ao menos uma, desta forma, concluí que raríssimas pessoas poderiam me representar.

Já estava difícil, mas a minha reflexão começou a ficar pior quando eu pensei, "tudo bem, se eles representam o povo, o que o nosso povo é?" Acredito que a resposta está nos mesmos adjetivos que estamos cansados de dizer e ouvir sobre os detentores de cargos públicos eletivos no nosso país. Verdade!!! Nossos governantes nada mais são do que o que nosso povo é. Essa é uma dura realidade, mas, se os políticos são corruptos, é por que o povo que eles representam também o é, pois vendemos o nosso voto e queremos que não haja “mensalão”; sonegamos impostos e não queremos que haja super faturamento em licitações. Infelizmente o que mais criticamos é o que mais temos feito, a consequência disso é que temos os líderes que merecemos.

Hoje, um pouco mais maduro, após algum tempo formado, vejo que a maneira com que o político brasileiro interpreta a palavra "representar" está completamente distorcida do objetivo dado pelo artigo primeiro da Constituição Federal para a mesma. Já que, depois do que tenho testemunhado em minha cidade, muitos processos para cassação de mandatos, muitas manobras engenhosas para se esquivar das penas, eu fico com um sentimento gigantesco de impunidade.

Depois de tantas frustrações eu realmente acredito em “representação” na política, artística e teatral, como dizia José María Vargas Vila: "É privilégio dos grandes artistas políticos poder erguer à altura do drama as mais sórdidas farsas do seu ofício". A verdade é que eles têm um papel, aonde são pessoas imaculadas, cheias de boa fé e muitas vezes “não sabem” do que fazem. O que temos presenciado são vários palhaços no picadeiro "representando", temos ficado sentados comendo pipoca e rindo da nossa própria desgraça.

Arrênio Lima.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O QUE A DATA 11/09 REPRESENTA?

Todo ano essa data “atormenta” o mundo. Imagens chocantes, sons amedrontadores, tristes lembranças, debates calorosos e mobilizações gigantescas se espalham e se repetem em série pelo planeta.

O panorama que é estabelecido se farta de esgotados argumentos que retornam, trazendo consigo uma excessiva exploração da mídia sensacionalista sobre o estopim de uma guerra sem nenhuma razão útil para a sua instalação (se é que há razões que justifiquem guerra em detrimento do diálogo e da diplomacia racional). Em meio a isso, os veículos de comunicação nunca dizem, e nunca dirão, sobre os verdadeiros interessados em implantar uma guerra trilhonária ao se utilizarem dos acontecimentos de 2001 como desculpas para invadir outras nações, como é o caso dos fabricantes de armamentos e produtos bélicos, dos gigantes da comunicação e dos exploradores de riquezas naturais (como o petróleo), bem como outros poucos que lucraram e lucram rios de dinheiro com a carnificina feita nesses dez anos, um novo holocausto completamente apoiado pela população ocidental ao ter sua opinião visivelmente manipulada.

Todo esse contexto envolve muitos conceitos vagos que são tratados com sombria naturalidade pela mídia e pelas pessoas mundo afora, definições como: o que, de fato, é um terrorista; terrorismo; terror; uma guerra; e, principalmente, o que é o 11/09??? A interpretação destes conceitos, necessariamente, dependerá de quatro requisitos básicos:
01 - Do ponto de vista dos interlocutores;
02 - Em qual região do Globo Terrestre eles encontram;
03 - De quantos dígitos há em suas contas bancárias;
 04 - De qual fé eles professam ou se alguma fé professam.

Não obstante as lacunas e incoerências até aqui apresentadas, essa exploração desenfreada de acontecimentos de dez anos atrás como se tivesse acontecido ontem faz com que novas idéias sejam implantadas naturalmente no subconsciente das pessoas, já que todas estão sensibilizadas e com o desejo de vingança fomentado pela repetida exploração de uma tragédia gerada sabe-se lá por quem e com finalidade indeterminada. Desta forma, os anos se passam e não é dada a devida importância à forma com que a conta disso tudo é paga: com a vida de TODOS os inocentes assassinados e de todas as famílias desestruturadas com esses acontecimentos, sendo 2.966 vítimas dos “atentados” em 2001, além de dezenas de milhares de mortos na “guerra ao terror”. Sem deixar de mencionar naqueles que até hoje padecem, esquecidos, em Guantánamo. Pessoas que tiveram suas vidas, seus direitos, sua integridade e sua dignidade roubadas por todo esse circo capitalista montado em torno de uma data.

E o Bin Laden e a Al Qaeda? Quem nos garante que eles não são apenas marionetes de toda essa estória/história? Digo “são”, pois a morte do famoso “terrorista” não é aclamada com certeza por ninguém, já que nem mesmo o governo americano, famoso por suas manobras de discurso, consegue ser convincente; uma vez que Barack Obama, mergulhado em uma crise de governo, onde não consegue colocar em prática nada daquilo que planeja e vislumbra dia-a-dia sua popularidade diminuir à todo vapor, se viu na necessidade de ter um grande trunfo para retomar as rédeas da nação que lidera. Para isso, nada melhor do que “dar um fim” naquele que se tornou a figura mais odiada do mundo capitalista, a encarnação de um mal inexistente, Osama Bin Laden. O grande problema nisso tudo é que a crise não cessou, já que a maneira como supostamente mataram o tal “terrorista” não convenceu nem a mais inocente e pura criança americana.

Em meio a tantas perguntas e muitos argumentos, tanto dali e daqui, quanto de acolá, o que há de real nesse emaranhado todo é o fato de existirem muitas “verdades”, bem como muitas “mentiras”, em volta da catástrofe que todos conhecemos. Teorias sobram aos montes. Em qual acreditar? Não sei... só sei que a “verdade real”, tão buscada na ciência do Direito, está longe de ser a “verdade” editada pelos veículos de comunicação que infestam nossos olhos, ouvidos, lembranças e debates quando setembro se aproxima.

Diante disso, deixo uma frase para finalizar essa curta reflexão: A GANÂNCIA CEGA, OPRIME E NÃO TRAZ REALIZAÇÃO.

Wantuil Júnior de Ângelo Lima.



domingo, 3 de julho de 2011

KIT GAY?




Se todos são iguais perante a Lei brasileira, por qual motivo seria criada uma "casta" superior?

Às vezes penso que a "evolução" do pensamento, tão pregada atualmente, nada mais é, do que um grande retrocesso da sociedade contemporânea; cometendo erros de nações do passado, como Grécia, Roma, Egito e Babilônia.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

E O SALÁRIO Ó...

Como nós, brasileiros, temos imensa facilidade em esquecer escândalos e absurdos ocorridos na política brasileira, resolvi refrescar um pouco nossa memória.

Salário; salário, SALÁRIO. Dinheiro, moeda, grana, money, bufunfa... O que isso significa para você?

Salário: s.m. Remuneração, pagamento, recompensa por serviços prestados. Ordenado, vencimentos.
Salário mínimo: a menor remuneração devida, por imposição legal, a trabalhador de qualquer categoria.

Essa palavra foi uma das mais faladas no Brasil nos últimos meses. Por mais que se fale e por mais que debates sejam elaborados em torno desta pequena palavra parece que muita gente não entende o que ela realmente quer dizer.

Em dezembro de 2010 testemunhamos um aumento astronômico no salário dos parlamentares brasileiros, aumento este estipulado pelos próprios legisladores, como foi comentado neste blog (´´Procura-se aumento´´ - http://daparamudar.blogspot.com/2010/12/procura-se-aumento.html ). Notamos que, embora os planos fossem de aumentar em 62% as cifras de cada deputado, pouco se debateu sobre os reais efeitos que esse boom salarial causaria em todo o país. Medida irresponsável, que em tempo recorde fora aprovada pelos representantes do povo no Parlamento.

Como se não bastasse, com o aumento no plano federal, os legisladores estaduais e municipais também se mobilizam em prol de aumentar as suas verbas, vez que o salário de um Deputado Estadual pode ser de até 75% do valor de um Deputado Federal, e que o salário de um Vereador pode ser de 20% a 75% do salário de um Deputado Estadual. Já imaginou o ROUBO ROMBO que todo esse aumento fará nos cofres públicos nas escalas Federal, Estadual e Municipal?

Pouco tempo após a definição do aumento dos parlamentares surgiu uma nova discussão sobre salários. Desta vez em referência aos valores do salário mínimo, que é a quantia recebida pela grande maioria da população brasileira. Neste caso as discussões foram intermináveis, sendo definido um aumento de apenas 6,86%, somando um valor total de R$545,00.

A verdade é que, mais uma vez, andamos para trás, pois enquanto o salário mínimo do trabalhador de verdade (daqueles que representam a parte do Brasil que funciona) é discutido e rediscutido mil vezes para ter um aumento pequeno ridículo, os nossos ilustríssimos parlamentares estão gozando do seu MEGA salário e das dezenas de benefícios para continuar no seu mundinho regado de corrupção, inércia e lavagem de dinheiro.

Assista ao vídeo a seguir, feito com base em um estudo de 2007 (antes deste mega aumento no salário dos deputados federais e senadores).


Outro vídeo importante é o da fala da professora Amanda Gurgel na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grando do Norte, dividindo um pouco da sua realidade financeira e da realidade como professora:




Wantuil Júnior de Angelo Lima 

sexta-feira, 18 de março de 2011

FRASE DA SEMANA (03)

´´O quão ruim as coisas precisam ficar antes que você faça algo?´´ Michael Badrapik comentando a grande passividade das pessoas frente às violações de seus direitos no documentário Wake up Call.

quinta-feira, 17 de março de 2011

VERDADE CANTADA (05)

OUÇA, LEIA A TRADUÇÃO E REFLITA...

O triunfo dos nossos olhos cansados - A silver mont zion.

Irmãs e irmãos,
Temos certeza que perdemos nosso caminho.
Em shoppings cheios de câncer, e uma chuva patética.
Mãe, doce mãe,
Por favor, não discipline as mãos.
Apenas me beije na parte da manhã, com sua calça suja.

Nós vamos encontrar nosso caminho.
Nós vamos encontrar nosso caminho.

Há beleza nesta terra, mas eu não costumo vê-la.
Há beleza nesta terra, mas muitas vezes eu não sinto isso. 

Pessoas são flores,
Os músicos são covardes!
Vamos discutir na cozinha,
Por horas e horas.
Amanhã é uma farsa
Amanhã deve ser nosso.
Os músicos são covardes! (8x)

Os soldados com seus especialistas,
E os porcos, com suas armas não podem parar.
Os perdidos, os desesperados e os dirigidos.
Os soldados com seus cigarros,
E os porcos, com suas armas não podem parar.
Os solitários, os desesperados e os mais espertos.

Então vamos lá, amigos,
Para as barricadas novamente (4x)

Nós vamos encontrar nosso caminho,
Nós vamos encontrar nosso caminho.

segunda-feira, 14 de março de 2011

VALE À PENA LER (06):

Pode parecer que as probabilidades estão contra nós, mas isso é uma mera ilusão. Grandes esforços foram feitos para nos suprimir e para sufocar nosso verdadeiro poder e nosso verdadeiro potencial. Nós fomos condicionados a um estado de apatia, distração, medo e ignorância perpétuas. O mais importante, porém, é que nós fomos divididos.
A opressão de tantos levada a efeito por tão poucos só foi possível porque nós fomos manipulados para lutar entre nós mesmos, em razão de diferenças banais como raça, sexo, idade e religião, para nos fazer igonorar o fato de que estamos todos no mesmo barco – um barco que está continuamente afundando, e continuará afundando cada vez mais depressa até que nós abandonemos nossas insignificantes diferenças e preconceitos em relação a cada um, percebamos que nós todos temos um mesmo inimigo e comecemos a trabalhar juntos para reaver a responsabilidade e o controle sobre nossas próprias vidas.
Perceba que o clima de paranóia e medo perpetuado pela mídia dominante, que faz com que viremos uns contra os outros, retrata cada pessoa como um potencial criminoso, um pedófilo ou um “terrorista”.
Já se tentaram aprovar no Congresso leis mais duras de combate ao terrorismo. E os tais “wikileaks”, muito recentes, divulgam supostos “medos” de terroristas, e nos fazem ter medo de sairmos de nossas próprias casas. Assim, temerosos, tornamo-nos dóceis e divididos.
Pare de entregar sua mente à mídia de massa. Pare de delegar sua responsabilidade ao governo. Infelizmente, nos níveis mais elevados, tanto a mídia quanto o governo estão tomados por corrupção e engano, e são grandes responsáveis por toda esta desordem em que nos encontramos.

Felizmente, milhões estão, agora, começando a acordar.
Nós precisamos começar a nos unir e a fazer tudo o que estiver a nosso alcance como uma coletividade para que muitos outros tomem conhecimento do que está havendo. Os métodos e a estrutura de manipulação só poderão ser eficientes se a maioria das pessoas continuar a ignorá-los. Mude isso e todo o sistema de manipulação e controle entrará em colapso.
Todos nós podemos fazer algo.
A princípio, muitos não ouvirão, mas à medida que as coisas piorarem e os métodos de controle se tornarem mais e mais flagrantes e desesperados, ficará cada vez mais difícil seguir ignorando o que está acontecendo, e a negação deixará de ser uma opção legítima.
Esse sistema que tenta escravizar-nos é mantido também pela cooperação das pessoas comuns. Tão logo nos recusemos a cooperar com nossa própria escravidão – de maneira ampla e não-violenta –, o sistema entrará em colapso como uma casa de cartas. É essencial que nos unamos e paremos de permitir que tão poucos comandem a vida de tantos. Individualmente nós podemos ser apanhados um a um, mas, em massa, somos extremamente poderosos e nossos manipuladores sabem disso.

Autor desconhecido.

A UNIÃO FAZ A FORÇA!

Por pior que sejam as circunstâncias, acredite, não se entregue; LUTE!

DEPOIS DO CARNAVAL É HORA DE REFLETIR:


DICA DO MEU GRANDE AMIGO THIAGO FELIPE DA SILVA

sexta-feira, 4 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

FRASE DA SEMANA (02):

´´Quem acredita na mudança sabe que ela começa com uma interrogação.´´ Arthur Macedo em seu blog: www.mitoerazao.blogspot.com (clique, leia, acompanhe e siga - fica a dica).

terça-feira, 1 de março de 2011

A FICHA DA ´´PRESIDENTA´´:

Nesta terça, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, participou do programa matinal da apresentadora Ana Maria Braga. Durante o programa Dilma afirmou que ser presidente é como escalar o Everest todos os dias, tamanho o número de problemas a solucionar e de decisões a serem proferidas. Ora, será que ela pensou que ocuparia por 04 anos o maior mandato do Poder Executivo brasileiro e ficaria durante todo esse tempo de férias no Palácio da Alvorada?
Se pararmos para analisar a magnitude de um país como o Brasil, com uma extensão territorial de proporções continentais e com cento e noventa milhões de habitantes, em apenas uma fração de segundos nos daremos conta de que há muita complexidade e também muita responsabilidade sobre o cargo que hoje Dilma ocupa.
Já se foi, a muito, o tempo de alguém se lamentar sobre a eleição da nossa ilustre presidente; foi eleita e está devidamente empossada, ponto. No entanto, declarações como essa feita por Dilma abrem margem para os questionamentos que seguem: será que ela tinha noção das reais proporções que o cargo de Presidente da República representa quando se dispôs a ser candidata? Será que ela entende quão grande é a responsabilidade que adquiriu com esse cargo?
O que me parece é que a ficha começou a cair. Depois de tantas festas, comemorações e cerimônias é hora de trabalhar, é hora de fazer valer os votos que a elegeram, afinal, a maioria dos eleitores que compareceram às urnas no segundo turno das eleições depositou em Dilma as suas esperanças de um Brasil melhor; e a minoria, se ainda não o faz, deve fazer o mesmo. É hora de apoiar, de acreditar e de depositar nela as nossas esperanças; mas o povo nunca deve se esquecer de COBRAR.
Por hora, o melhor é crer que isso tudo é apenas um bom sinal de que a nossa ´´presidenta´´ está disposta a trabalhar, pois estranho seria analisar friamente as declarações da Dilma e ficar na dúvida sobre o que uma pessoa com um Everest de problemas para resolver todos os dias está fazendo ao passar a manhã inteira em um programa de grande audiência. Porque, se assim for feito, a única resposta plausível é que nossa companheira Dilma está simplesmente seguindo os passos do seu padrinho e antecessor, se preocupando mais com flashes do que com o grande Everest que acumula na sua mesa de trabalho.

Wantuil Júnior de Angelo Lima

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VALE À PENA LER (05):

Os “belgicanos”, prestes a bater um recorde mundial


(Giulio Sanmartini) Um conselho que sempre se dá a quem tem um emprego: “Jamais falte ao trabalho, pois o patrão poderá descobrir que você não faz falta”.

Da Bélgica, no Brasil pouco se sabe, os de minha geração lembram que Mario Jorge Lobo Zagalo, quando técnico da Seleção Brasileira de Futebol, usou para eles um gentílico estranho e inexistente, ao chamá-los de belgicanos. Deles logo pensamos em cerveja, batas fritas, forte neblina, ótimos serviços sociais e pessoas muito educadas.

Todavia eles tem uma complicadíssima estrutura de governo. É um Estado federal com 3 regiões, 3 línguas oficiais e 3 comunidades lingüísticas, cada uma com um conselho, um governo e um parlamento, com competências sobrepostas a nível territorial. Acrescente-se a isso um recorde europeu e  próximo mundial, de estar há 250 dias sem governo (de 13/6/2010 a 7/2/2011).

O Estado está vivendo numa crise prolongada em que os 7 partidos que deveriam formar uma maioria de governo, não só não se reúnem para um acordo há mais de 4 meses, mas também não conseguem encontrar um esboço comum que acabe com  essa situação.

O cenário, podia-se imaginar que seria de um país às  margens de uma guerra civil ou pelo menos afundado na anarquia.

Mas nada disso, a Bélgica continua a viver normalmente, dirigido por um governo demissionário, que continua a cuidar das coisas, tendo inclusive dirigido sem problemas  a presidência semestral da União Européia, sem riscos de caos. A seguinte situação pode ser, mais ou menos, entendida pela eterna rachadura  entre francófonos e flamengos, que sempre condicionaram a existência do país. A política belga é hoje vítima de um curto-circuito que nasce da mesma realidade do país e que a classe política é ao mesmo tempo vítima e responsável.

Todavia seria bom para os políticos “belgicanos” encontrar logo uma solução, pois correm o risco dos eleitores perceberem que o governo não lhes faz falta.



- Vale dizer que a Bélgica está até hoje sem governo**.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

FRASE DA SEMANA (parte 01)

´´A tentativa de reviver algo que já está morto, mostra que no governo Dilma, as moscas são as mesmas daquelas de Lula, assim como não mudou também a fétida massa, na qual elas voam em torno.´´ Giulio Sanmartini comentando a volta da CPMF.

MAIS EM: http://www.prosaepolitica.com.br/2011/02/24/sao-as-mesmas-as-moscas-e-digamos-tambem-o-resto/

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

COMO TRAFEGAR?

Cada dia que passa fica mais fácil a locomoção e o trânsito das pessoas. Isso é uma excelente conseqüência de todo o avanço tecnológico do mundo atual. Porém, nem tudo são flores.
Ao contextualizar o tema para o Brasil, vamos notar que há muito a ser feito. Tudo bem que nunca foi tão fácil e acessível viajar de avião, por exemplo. Todavia, para viagens de pequenas distâncias, a melhor solução, e a mais viável, ainda é por terra, e ai é que mora o grande problema.
Vemos governos exaltando os seus esforços na área da infra-estrutura rodoviária como se isso fosse um grande mérito deles, e não uma obrigação. Agravante deste fato são os planejamentos de péssima qualidade, além de gastos exorbitantes e materiais de padrão duvidável, ou seja, os investimentos são mal feitos e o dinheiro público é gasto de maneira completamente irresponsável.
Nossas rodovias estão sucateadas, com asfalto de péssima qualidade, e com reparos insuficientes. Os líderes do Poder Executivo apenas maquiam a real situação no intuito único de angariar votos e de encher os bolsos (ou cuecas) deles próprios e dos seus empresários aliados.
Na verdade, meu objetivo neste texto nem é entrar no mérito de quão suja é a Administração Pública no nosso país, até porque isso não é nenhuma novidade. O que me propus comentar é, de fato, a pobreza dos planejamentos e a imensa gama de investimentos mal feitos.
As estradas brasileiras estão defasadas, não suportam a grande demanda de veículos que por nelas trafegam. Vias rodoviárias importantes do país precisam de ampliações urgentes, pois, além de melhorar o escoamento de bens, produtos e serviços, elas oferecerão mais segurança aos que nelas trafegarem. Porém, infelizmente, no Brasil, ampliação e melhoria de rodovia é sinônimo de pedágio para o contribuinte, este fato, implicitamente, nada mais é do que outra forma de beneficiar os membros e aliados da Administração Pública.
Engana-se quem pensa que, apesar de ruim, o problema seja solucionado com a privatização de uma rodovia. Exemplo disso é a BR-101 norte-fluminense, que está toda privatizada, no entanto, em condições deprimentes e muito pior do que muitas rodovias federais que ainda não foram entregues a particulares.
Ao analisar toda essa realidade, me questiono sobre qual será o motivo de não ser investido o dinheiro público em ferrovias no Brasil, um grande país exportador e grande produtor de matéria prima, além de ser um país auto-suficiente em muitas áreas e produtos, e por isso precisa garantir melhores meios de circulação das pessoas e da sua produção.
A conclusão que posso chegar é que não há motivação política por traz dessa vergonha que é o sistema de transporte brasileiro. É a velha mesquinharia do ´´pão e circo´´, onde a prioridade é dada para gastos fúteis ou para gastos que são vistos pela população, sejam eles com enfeites de natal ou até mesmo com o carnaval, pois é isso que o povo quer. O povo não se importa com o que é necessário, prefere brincar de ser feliz e acaba dando mais importância àquilo que lhe for melhor para o momento. IMEDIATISMO. E só vai reclamar da situação calamitosa em que se encontram nossas estradas quando REALMENTE precisarem delas ou quando uma pessoa próxima for vitimada por algum problema derivado da má conservação das vias.
Wantuil Júnior de Angelo Lima



CURIOSIDADE:



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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

VERDADE CANTADA (parte 03):


Inaugurada em 2002 e orçada em R$40 milhões no inicio do projeto, a ponte JK, em Brasília foi concluída por mais de R$160 milhões.

A construção foi feita pelos ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Roriz foi acusado de desviar recursos da área de saúde para as obras da ponte, além de ter superfaturado os preços dos materiais.

Outro fato interessante, e digno de destaque, é que o consórcio para a construção da ponte foi liderado pela Via Engenharia, do empresário Fernando Queiroz; que juntamente com outro empreiteiro local, José Celso Gontijo, dono da JC Gontijo, fazia parte do círculo íntimo dos ex-governadores Roriz e Arruda.

A obra foi elaborada com o intúito de melhorar a circulação dos veículos pela capital brasileira, no entanto, acabou virando um ponto turístico em todos os sentidos, onde as pessoas se dirigiam para encontros embalados por carros de som e bebidas. Isso acarretou um grande fluxo de pessoas e de ambulantes sobre a estrutura da ponte, até que um acidente fatal causado por um motorista embriagado fez com que essas aglomerações fossem impedidas nas imediações da ponte JK.

Em janeiro de 2010 a ponte ficou interditada por seis horas, devido a um desnível de 10cm na pista, avaria esta ocasionada por falhas na estrutura e no projeto de um dos pilares, influenciadoae agravada pelo mal estado de conservação em que se encontra a ponte.

Precário estado de conservação da ponte JK

Desnível facilmente percebido na estrutura da ponte JK

Técnico observa o desnível na ponte JK 


O lado bom disso tudo é que  em agosto de 2010 a Polícia Federal concluiu o relatório final da Operação Caixa de Pandora, que aponta o ex-governador José Roberto Arruda como chefe de uma organização criminosa para desviar recursos públicos por meio de empresas contradas por seu governo.

No dia 25 de agosto de 2010 a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o suposto esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal aprovou o relatório que pede o indiciamento dos ex-governadores Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (sem partido), além de outras 20 pessoas.

Arruda e Roriz não puderam participar das eleições em 2010.




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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

VALE À PENA LER (parte 04):


Congresso termina primeira semana de trabalho com sessões esvaziadas

Do G1, em Brasília:

Mesmo com a abertura do Ano Legislativo na quarta (2), com a sessão solene da qual participou a presidente Dilma Rousseff, os novos congressistas mantiveram o tradicional costume de começar a deixar Brasília na quinta-feira.

Nestas quinta e sexta, Câmara e Senado tiveram sessões esvaziadas, com deputados e senadores discursando para plenários quase que totalmente desertos.

Imagens de sessões esvaziadas na Câmara (esq.) e Senado nesta quinta (3) (Foto: Fábio Tito / G1)
Isso ocorre porque diversos parlamentares retornam aos seus respectivos estados no final de semana, e costumam viajar já na quinta ou, no máximo, na sexta de manhã.

Segundo dados da Câmara, somente 28 dos 513 deputados compuseram o quórum na sessão da manhã desta sexta. Na quinta, 245 parlamentares registraram presença entre 8h e 19h, o que representa menos da metade do quórum máximo. E já no meio da tarde o número era bem menor.

O deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que tomou posse apenas na quinta como suplente de Átila Lira (PT-PI), discursou no fim da tarde do mesmo dia para um auditório praticamente vazio. Um dos únicos parlamentares espectadores, Jorginho Mello (PSDB-SC), era o inscrito seguinte e aguardava em pé para falar no palanque federal pela primeira vez.

"Isso acontece em todos os parlamentos. Mas fica ruim ver uma imagem dessa, né? O que podemos fazer?", afirmou Mello, que tem experiência de quatro mandatos como deputado estadual em Santa Catarina.

Além de Fonteles e Mello, outros poucos parlamentares estavam presentes no plenário às 17h45 de quinta - Jerônimo Goergen (PP-RS), Maurício Rands (PT-PE), Eudes Xavier (PT-CE), e aqueles que compunham a mesa diretora, presidida pelo 3º secretário, Inocêncio Oliveira (PR-PE). O quórum não chegava a 2% dos 513 deputados.

Senado
No Senado, a situação foi um pouco melhor. No início da tarde de quinta, 56 senadores votaram na eleição dos suplentes de secretários da mesa diretora. O dia também foi movimentado por conta das discussões causadas pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que leu em plenário uma carta assinada pelo ativista italiano Cesare Battisti.

O quórum da sessão, no entanto, foi minguando ao longo do dia. Às 18h, o G1 contabilizou seis senadores sentados em plenário durante o discurso de Wellington Dias (PT-PI), entre eles Vanessa Graziotim (PCdoB-AM) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Além deles, comandava a Mesa o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), somando oito senadores em plenário - quase 10% do quórum máximo de 81. No mesmo momento, a tribuna de imprensa, sozinha, reunia 14 pessoas.

Nesta sexta-feira (4), a sessão no plenário do Senado não foi deliberativa e por isso não teve o quórum registrado. A Agência Senado, no entanto, registrou que pelo menos dez senadores participaram da sessão.

Disponível em: http://www.g1.globo.com/ .

´´- É isso ai meu povo, esse é o nível de comprometimento dos nossos legisladores...´´

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

LATIFÚNDIO FUNDIDO, IMENSURAVELMENTE DIFUNDIDO

Diariamente recebemos notícias de escândalos sobre corrupção envolvendo políticos tupiniquins. Já faz parte do cotidiano do cidadão brasileiro, é tantot, que faz confundir história com presente e nos dá uma péssima previsão racional do futuro.
Esse fato já passou a muito do preocupante, está soldado, fundido, e só mesmo muita lenha e fogo pra desgrudar essa neoplasia metálica da oxidada estrutura chamada Brasil. Isso se tornou normal, uma parte de nós, nem nos incomoda mais. Uma verdadeira FALTA DE VERGONHA NA CARA GENERALIZADA.
A situação da corrupção no Brasil é tão grave que a ´´fábrica´´ de corruptos não consegue cumprir a demanda de pedidos que lhe é endereçada. O pior disso tudo é que este problema vai muito além da pessoa daqueles homens e mulheres que são eleitos pelo voto popular. Essa corrupção começa pela omissão de todos que votam. Falta amor à pátria mãe, uma vez que o amor se restringe apenas ao patrimônio pessoal de cada indivíduo. E se o indivíduo não possuir nenhum bem de cunho patrimonial, será possível perceber que lhe falta amor próprio, e isso induzirá esse cidadão à prática de crimes para saciar o seu desejo de ser percebido pela sociedade e fazer parte dela.
Infelizmente não é possível medir em números o nível de corrupção que existe no Brasil, porque os casos descobertos são apenas a superfície de um imenso iceberg. E a tendência é piorar, pois enquanto não enxergarmos o nosso país e o nosso povo como uma coletividade, um todo, que precisa da dedicação e da atenção de cada um que dele faz parte, não haverá mudança. O que vemos é apenas pessoas dizendo que amam essa terra, mas apenas se beneficiam, como a família Batista, ou pessoas como ACM, Sarney e Maluf, por exemplo, que tiram total proveito das nossas riquezas em benefício próprio, quando deveriam fazê-lo EXCLUSIVAMENTE em benefício de TODA a coletividade.

Wantuil Júnior de Angelo Lima

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

VERDADE CANTADA (parte 02)

PETELECO NELES!!!

´´E o eleitor com cara de panaca votou em um babaca que só fez promessa [...] só caixa dois no bolso deles que interessa, FALA SÉRIO!´´

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

VALE À PENA LER (parte 03):

- Ainda existe coisa boa:

´´Uma ação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União prendeu sete prefeitos, dois ex-prefeitos, assessores, secretários e ex-secretários, durante a Operação Geleira deflagrada, ontem, no Piauí. A PF cumpriu 84 mandados de busca e apreensão em 13 municípios. Ao todo, 30 pessoas foram presas, acusadas de participação num esquema de desvio de dinheiro público que chega a R$ 20 milhões.

A operação mobilizou mais de 300 agentes e 28 fiscais da CGU. Entre os presos estão os prefeitos Valdir Soares da Costa (PT), de Uruçuí, Joedison Alves Rodrigues (PTB), de Landri Sales, Isael Macedo Neto (PT), de Caracol, Teresinha de Jesus Miranda Dantas de Araújo (PSDB), de Eliseu Martins, Jorge de Araújo Costa (PTB), de Ribeira do Piauí, Bismarck de Arêa Leão (PTB), de Miguel Leão, e Domingos Bacelar de Carvalho (PMDB), do município de Porto.

Segundo informações do delegado regional de combate ao crime organizado da PF, Janderlyer Gomes de Lima, em dois anos, somente em três municípios, a quadrilha movimentou mais de R$ 5 milhões.´´

disponível em: http://www.prosaepolitica.com.br/

- Pena que o Brasil é uma máquina de produzir corruptos, uns se foram, mas outros virão.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ANO NOVO, VIDA VELHA...

Ano novo, governo novo, novas autoridades empossadas e assim continua a vida. Vida, que vida?
Quando o ano se inicia, nós brasileiros buscamos logo a melhor forma de nos aglomerar nas nossas praias, balneários e afins, para mais uma vez curtir o sol, as festas, as bebidas e esperar o carnaval chegar, para dar as nossas costas ao resto do mundo e nos enclausurar no nosso particular conceito de felicidade.
Uma felicidade transitória, tão velha, quanto nova, onde mudam nomes e adjetivos, porém, permanecem os mesmos vícios comportamentais. Exemplo disso é ´Passione´; passou, acabou, e agora? O chão sumiu? Óbvio que não, pois temos “Insensato coração” para suprir o espaço deixado por aquela. Veremos novamente o mesmo blá-blá-blá, todavia vivido ficticiamente por outras personagens, com estórias completamente infrutíferas; mas tudo bem, é disso que gostamos! Entretanto, se uma nova novela não for o suficiente temos o nosso querido Big Brother para acalentar nossas noites, enquanto nos conformamos com o Insensato Coração que permeia o interior de cada um de nós.
Quando o ano começa não podemos nos desligar do time do nosso coração, pois precisamos saber como estão os preparativos para mais uma temporada. É necessário saber quem chega e quem sai, porque se não estivermos cientes não teremos nenhum assunto nas rodinhas de amigos, já que é praticamente apenas isso que se discute.
Ano chega, ano passa, e nada muda. O ciclo é o mesmo. O tempo vago do brasileiro é gasto em um ócio completamente infrutífero, que em nada se aproveita. Nós somos amantes da ilusão, protagonistas de um completo “umbigocentrismo” enraizado em cada cidadão desta nação. ILUSÃO. Felicidade completa é olhar para o lado e ver o seu igual com as mesmas oportunidades; é vislumbrar chance de sucesso para todos e conseguir os cidadãos tenham poder crítico sobre o que lhes é oferecido e apresentado. No entanto, dificilmente veremos isso enquanto aqueles que podem ajudar estiverem preocupados em utilizar o seu tempo com afazeres diários que em nada contribuem para o crescimento da coletividade. EGOÍSMO.

Enquanto alguns morrem de fome e sede, outros morrem engasgados da sua gula capitalista. Infelizmente é esse o nosso Brasil, que agoniza abandonado.

Wantuil Júnior d´Angelo Lima

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VALE À PENA LER (parte 02)

Lula gasta quase R$ 10 bi em publicidade nos 08 anos

Se propaganda é a alma do negócio, não é à-toa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrará o mandato com uma aprovação popular recorde de 83%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha. Em oito anos de mandato, Lula gastou pouco mais de R$ 9,3 bilhões dos cofres públicos no intuito de manter a sociedade informada sobre os atos de governo – em valores corrigidos pela inflação.

Um balanço preliminar da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), divulgado na última semana, informa aplicações de R$ 1,1 bilhão em publicidade neste ano, apenas até o início de dezembro, uma média diária de R$ 3 milhões. A cifra refere-se a todos os ministérios, autarquias, fundações, empresas estatais e sociedades de economia mista.

A mídia mais procurada pelos órgãos públicos federais foi, mais uma vez, a televisão, que respondeu por R$ 707,2 milhões, ou 64% de todos os anúncios feitos neste ano. A publicidade nos jornais obteve investimentos de R$ 100,1 milhões, o que representa 9% dos gastos com propaganda. Bem próximo, os anúncios em rádios chegaram a quase R$ 100 milhões.

As revistas foram responsáveis por R$ 83 milhões. A Internet e os outdoors receberam anúncios de R$ 36,6 milhões e R$ 5,8 milhões, respectivamente. Já a publicidade governamental em cinema, mobiliário urbano, carro de som, telas digitais em shopping, elevadores, supermercados e aeroportos respondeu por R$ 68,4 milhões, ou 6% do total investido no período.

O órgão que mais desembolsou recursos neste ano com publicidade foi o Ministério da Saúde, que dispensou R$ 137,8 milhões para anúncios. Já as aplicações da Secom chegaram a R$ 100,8 milhões. Ministério das Cidades dispensou R$ 60,3 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aparece na quarta colocação, tendo um consumo publicitário de R$ 23 milhões. Um pouco mais abaixo na lista dos maiores investidores em mídia, a Infraero aplicou R$ 842,3 mil.

Na outra ponta, o Ministério do Trabalho e Emprego desembolsou R$ 363,2 mil, seguido do Banco Central com R$ 328,9 mil e da Eletrobras Eletronuclear com R$ 48 mil. O governo federal não divulga individualmente os gastos publicitários das estatais que concorrem no mercado sob o argumento de que a divulgação faria com que empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil perdessem competitividade.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DEBATE RELIGIOSO EM ELEIÇÕES, ATÉ QUE PONTO?

As eleições que se passaram ficaram marcadas pelo debate político de cunho religioso, promovido quase que exclusivamente pelos seguidores da doutrina cristã. Será que este debate é salutar? A religião deve influenciar na política?

No Brasil, vivemos em uma democracia que se propõe a ser laica, onde as pessoas são livres para manifestar o seu pensamento e livres para cultuar a qualquer divindade. Sendo assim, com toda esta liberdade, não há como exigir que o cidadão abstraia de si toda a bagagem ética, cultural e religiosa que carrega consigo.
Alguns dizem que as igrejas ou as religiões não devem se manifestar em época de eleição, como também acreditam que os políticos não podem manifestar publicamente a sua fé. Entretanto, ouso discordar deste pensamento; pois cada pessoa, seja ela eleitor ou candidato, possui os seus princípios, suas perspectivas, suas experiências de vida e suas convicções. Não creio que um eleitor consciente vote em um candidato que tenha essas características e aspirações muito diferentes das suas, afinal, o político, quando eleito e devidamente empossado, representa aqueles que a ele dedicaram os seus votos.
Existe, também, aqueles que afirmam ser errado que em determinada casa legislativa haja a bancada X ou a bancada Y, empenhadas em defender direitos de um restrito grupo ou da classe social que eles representam. Isso, do ponto de vista frio e calculista da ciência política, pode ser visto como um erro, todavia, analisando sob a ótica pragmática não existe reprovação alguma, vez que, ao exercerem a função pela qual foram eleitos, os legisladores buscarão apoio entre os colegas de cargo que possuam planos de atuação paralelos aos seus, para que juntos possam aprovar medidas e leis que entendam como benéficas aos seus representados e a toda coletividade.
O que precisa ser entendido, é que, em democracia, a promoção de qualquer debate é benéfica e deve ser digna de elogios. Seja ela levantada por quem quer que seja; desde que tenha o objetivo de discutir o melhor para o futuro da nação. Mais louvável ainda é o debate ser proposto em um momento tão crítico quanto o que o Brasil vive, no que se refere à grande passividade e à alarmante leviandade como o povo brasileiro tem tratado a política. Neste sentido, é possível chegar à conclusão de que o levante feito pelas lideranças de muitos segmentos cristãos é extremamente salutar para a democracia brasileira. E que isso sirva de aprendizado e de estímulo a todos os cidadãos, para que o brasileiro volte a discutir política, volte a reclamar os seus direitos como nação, e que as ruas e avenidas desta nação voltem a ouvir os brados de soberania do povo.
Wantuil Júnior d'Angelo Lima






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