sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ANO NOVO, VIDA VELHA...

Ano novo, governo novo, novas autoridades empossadas e assim continua a vida. Vida, que vida?
Quando o ano se inicia, nós brasileiros buscamos logo a melhor forma de nos aglomerar nas nossas praias, balneários e afins, para mais uma vez curtir o sol, as festas, as bebidas e esperar o carnaval chegar, para dar as nossas costas ao resto do mundo e nos enclausurar no nosso particular conceito de felicidade.
Uma felicidade transitória, tão velha, quanto nova, onde mudam nomes e adjetivos, porém, permanecem os mesmos vícios comportamentais. Exemplo disso é ´Passione´; passou, acabou, e agora? O chão sumiu? Óbvio que não, pois temos “Insensato coração” para suprir o espaço deixado por aquela. Veremos novamente o mesmo blá-blá-blá, todavia vivido ficticiamente por outras personagens, com estórias completamente infrutíferas; mas tudo bem, é disso que gostamos! Entretanto, se uma nova novela não for o suficiente temos o nosso querido Big Brother para acalentar nossas noites, enquanto nos conformamos com o Insensato Coração que permeia o interior de cada um de nós.
Quando o ano começa não podemos nos desligar do time do nosso coração, pois precisamos saber como estão os preparativos para mais uma temporada. É necessário saber quem chega e quem sai, porque se não estivermos cientes não teremos nenhum assunto nas rodinhas de amigos, já que é praticamente apenas isso que se discute.
Ano chega, ano passa, e nada muda. O ciclo é o mesmo. O tempo vago do brasileiro é gasto em um ócio completamente infrutífero, que em nada se aproveita. Nós somos amantes da ilusão, protagonistas de um completo “umbigocentrismo” enraizado em cada cidadão desta nação. ILUSÃO. Felicidade completa é olhar para o lado e ver o seu igual com as mesmas oportunidades; é vislumbrar chance de sucesso para todos e conseguir os cidadãos tenham poder crítico sobre o que lhes é oferecido e apresentado. No entanto, dificilmente veremos isso enquanto aqueles que podem ajudar estiverem preocupados em utilizar o seu tempo com afazeres diários que em nada contribuem para o crescimento da coletividade. EGOÍSMO.

Enquanto alguns morrem de fome e sede, outros morrem engasgados da sua gula capitalista. Infelizmente é esse o nosso Brasil, que agoniza abandonado.

Wantuil Júnior d´Angelo Lima

Um comentário:

  1. -
    Tudo verdade, enquanto não pararmos de nos vender por pão e circo! Precisamos parar de fingir que não temos direitos de cobranças para não termos que nos deparar com nossa passividade... com nossa tolerância irresponsável... com a difícil verdade de que somos um povo manipulável...

    Uns porque não tiveram nenhuma oportunidade de aproximação com o conhecimento... outros porque são tão egoístas que não percebem ser inútil deixar só dinheiro e formação profissional para seus filhos, pois ninguém é feliz em meio a desordem e corrupção desenfreada, pura ilusão de felicidade... e, ainda, aqueles que se aproveitam desse estado de coisas para “se darem bem”, estes os oportunistas de plantão...

    A origem de nosso comportamento pode se remeter, inclusive, as nossas origens, mas isso já faz tempo demais e já deveríamos ter superado isso, hoje esse argumento é pura desculpa. Nossa verdadeira doença é cultural e, em parte por termos deixado que a educação formal de qualidade e igual para todos neste país fosse transformada em sucata... em parte porque somos mesmo covardes de natureza, sem a vontade visceral de lutar por desenvolvimento e justiça... mas, não podemos deixar de considerar que, é possível que gostemos da desordem, pois assim fica mais fácil não assumir responsabilidades e de arrumar um “jeitinho” para resolver tudo...

    Então, temos o livre arbítrio de escolha do caminho que desejamos percorrer! Vamos assumir nossas fraquezas e vencê-las ou vamos assistir BBB agora e esperar pelo Carnaval? Depois, vem o fim de Insensato Coração e inicio de outras novelas alheias...
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