segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O QUE A DATA 11/09 REPRESENTA?

Todo ano essa data “atormenta” o mundo. Imagens chocantes, sons amedrontadores, tristes lembranças, debates calorosos e mobilizações gigantescas se espalham e se repetem em série pelo planeta.

O panorama que é estabelecido se farta de esgotados argumentos que retornam, trazendo consigo uma excessiva exploração da mídia sensacionalista sobre o estopim de uma guerra sem nenhuma razão útil para a sua instalação (se é que há razões que justifiquem guerra em detrimento do diálogo e da diplomacia racional). Em meio a isso, os veículos de comunicação nunca dizem, e nunca dirão, sobre os verdadeiros interessados em implantar uma guerra trilhonária ao se utilizarem dos acontecimentos de 2001 como desculpas para invadir outras nações, como é o caso dos fabricantes de armamentos e produtos bélicos, dos gigantes da comunicação e dos exploradores de riquezas naturais (como o petróleo), bem como outros poucos que lucraram e lucram rios de dinheiro com a carnificina feita nesses dez anos, um novo holocausto completamente apoiado pela população ocidental ao ter sua opinião visivelmente manipulada.

Todo esse contexto envolve muitos conceitos vagos que são tratados com sombria naturalidade pela mídia e pelas pessoas mundo afora, definições como: o que, de fato, é um terrorista; terrorismo; terror; uma guerra; e, principalmente, o que é o 11/09??? A interpretação destes conceitos, necessariamente, dependerá de quatro requisitos básicos:
01 - Do ponto de vista dos interlocutores;
02 - Em qual região do Globo Terrestre eles encontram;
03 - De quantos dígitos há em suas contas bancárias;
 04 - De qual fé eles professam ou se alguma fé professam.

Não obstante as lacunas e incoerências até aqui apresentadas, essa exploração desenfreada de acontecimentos de dez anos atrás como se tivesse acontecido ontem faz com que novas idéias sejam implantadas naturalmente no subconsciente das pessoas, já que todas estão sensibilizadas e com o desejo de vingança fomentado pela repetida exploração de uma tragédia gerada sabe-se lá por quem e com finalidade indeterminada. Desta forma, os anos se passam e não é dada a devida importância à forma com que a conta disso tudo é paga: com a vida de TODOS os inocentes assassinados e de todas as famílias desestruturadas com esses acontecimentos, sendo 2.966 vítimas dos “atentados” em 2001, além de dezenas de milhares de mortos na “guerra ao terror”. Sem deixar de mencionar naqueles que até hoje padecem, esquecidos, em Guantánamo. Pessoas que tiveram suas vidas, seus direitos, sua integridade e sua dignidade roubadas por todo esse circo capitalista montado em torno de uma data.

E o Bin Laden e a Al Qaeda? Quem nos garante que eles não são apenas marionetes de toda essa estória/história? Digo “são”, pois a morte do famoso “terrorista” não é aclamada com certeza por ninguém, já que nem mesmo o governo americano, famoso por suas manobras de discurso, consegue ser convincente; uma vez que Barack Obama, mergulhado em uma crise de governo, onde não consegue colocar em prática nada daquilo que planeja e vislumbra dia-a-dia sua popularidade diminuir à todo vapor, se viu na necessidade de ter um grande trunfo para retomar as rédeas da nação que lidera. Para isso, nada melhor do que “dar um fim” naquele que se tornou a figura mais odiada do mundo capitalista, a encarnação de um mal inexistente, Osama Bin Laden. O grande problema nisso tudo é que a crise não cessou, já que a maneira como supostamente mataram o tal “terrorista” não convenceu nem a mais inocente e pura criança americana.

Em meio a tantas perguntas e muitos argumentos, tanto dali e daqui, quanto de acolá, o que há de real nesse emaranhado todo é o fato de existirem muitas “verdades”, bem como muitas “mentiras”, em volta da catástrofe que todos conhecemos. Teorias sobram aos montes. Em qual acreditar? Não sei... só sei que a “verdade real”, tão buscada na ciência do Direito, está longe de ser a “verdade” editada pelos veículos de comunicação que infestam nossos olhos, ouvidos, lembranças e debates quando setembro se aproxima.

Diante disso, deixo uma frase para finalizar essa curta reflexão: A GANÂNCIA CEGA, OPRIME E NÃO TRAZ REALIZAÇÃO.

Wantuil Júnior de Ângelo Lima.