quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VALE À PENA LER (parte 02)

Lula gasta quase R$ 10 bi em publicidade nos 08 anos

Se propaganda é a alma do negócio, não é à-toa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrará o mandato com uma aprovação popular recorde de 83%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha. Em oito anos de mandato, Lula gastou pouco mais de R$ 9,3 bilhões dos cofres públicos no intuito de manter a sociedade informada sobre os atos de governo – em valores corrigidos pela inflação.

Um balanço preliminar da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), divulgado na última semana, informa aplicações de R$ 1,1 bilhão em publicidade neste ano, apenas até o início de dezembro, uma média diária de R$ 3 milhões. A cifra refere-se a todos os ministérios, autarquias, fundações, empresas estatais e sociedades de economia mista.

A mídia mais procurada pelos órgãos públicos federais foi, mais uma vez, a televisão, que respondeu por R$ 707,2 milhões, ou 64% de todos os anúncios feitos neste ano. A publicidade nos jornais obteve investimentos de R$ 100,1 milhões, o que representa 9% dos gastos com propaganda. Bem próximo, os anúncios em rádios chegaram a quase R$ 100 milhões.

As revistas foram responsáveis por R$ 83 milhões. A Internet e os outdoors receberam anúncios de R$ 36,6 milhões e R$ 5,8 milhões, respectivamente. Já a publicidade governamental em cinema, mobiliário urbano, carro de som, telas digitais em shopping, elevadores, supermercados e aeroportos respondeu por R$ 68,4 milhões, ou 6% do total investido no período.

O órgão que mais desembolsou recursos neste ano com publicidade foi o Ministério da Saúde, que dispensou R$ 137,8 milhões para anúncios. Já as aplicações da Secom chegaram a R$ 100,8 milhões. Ministério das Cidades dispensou R$ 60,3 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aparece na quarta colocação, tendo um consumo publicitário de R$ 23 milhões. Um pouco mais abaixo na lista dos maiores investidores em mídia, a Infraero aplicou R$ 842,3 mil.

Na outra ponta, o Ministério do Trabalho e Emprego desembolsou R$ 363,2 mil, seguido do Banco Central com R$ 328,9 mil e da Eletrobras Eletronuclear com R$ 48 mil. O governo federal não divulga individualmente os gastos publicitários das estatais que concorrem no mercado sob o argumento de que a divulgação faria com que empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil perdessem competitividade.

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