terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

COMO TRAFEGAR?

Cada dia que passa fica mais fácil a locomoção e o trânsito das pessoas. Isso é uma excelente conseqüência de todo o avanço tecnológico do mundo atual. Porém, nem tudo são flores.
Ao contextualizar o tema para o Brasil, vamos notar que há muito a ser feito. Tudo bem que nunca foi tão fácil e acessível viajar de avião, por exemplo. Todavia, para viagens de pequenas distâncias, a melhor solução, e a mais viável, ainda é por terra, e ai é que mora o grande problema.
Vemos governos exaltando os seus esforços na área da infra-estrutura rodoviária como se isso fosse um grande mérito deles, e não uma obrigação. Agravante deste fato são os planejamentos de péssima qualidade, além de gastos exorbitantes e materiais de padrão duvidável, ou seja, os investimentos são mal feitos e o dinheiro público é gasto de maneira completamente irresponsável.
Nossas rodovias estão sucateadas, com asfalto de péssima qualidade, e com reparos insuficientes. Os líderes do Poder Executivo apenas maquiam a real situação no intuito único de angariar votos e de encher os bolsos (ou cuecas) deles próprios e dos seus empresários aliados.
Na verdade, meu objetivo neste texto nem é entrar no mérito de quão suja é a Administração Pública no nosso país, até porque isso não é nenhuma novidade. O que me propus comentar é, de fato, a pobreza dos planejamentos e a imensa gama de investimentos mal feitos.
As estradas brasileiras estão defasadas, não suportam a grande demanda de veículos que por nelas trafegam. Vias rodoviárias importantes do país precisam de ampliações urgentes, pois, além de melhorar o escoamento de bens, produtos e serviços, elas oferecerão mais segurança aos que nelas trafegarem. Porém, infelizmente, no Brasil, ampliação e melhoria de rodovia é sinônimo de pedágio para o contribuinte, este fato, implicitamente, nada mais é do que outra forma de beneficiar os membros e aliados da Administração Pública.
Engana-se quem pensa que, apesar de ruim, o problema seja solucionado com a privatização de uma rodovia. Exemplo disso é a BR-101 norte-fluminense, que está toda privatizada, no entanto, em condições deprimentes e muito pior do que muitas rodovias federais que ainda não foram entregues a particulares.
Ao analisar toda essa realidade, me questiono sobre qual será o motivo de não ser investido o dinheiro público em ferrovias no Brasil, um grande país exportador e grande produtor de matéria prima, além de ser um país auto-suficiente em muitas áreas e produtos, e por isso precisa garantir melhores meios de circulação das pessoas e da sua produção.
A conclusão que posso chegar é que não há motivação política por traz dessa vergonha que é o sistema de transporte brasileiro. É a velha mesquinharia do ´´pão e circo´´, onde a prioridade é dada para gastos fúteis ou para gastos que são vistos pela população, sejam eles com enfeites de natal ou até mesmo com o carnaval, pois é isso que o povo quer. O povo não se importa com o que é necessário, prefere brincar de ser feliz e acaba dando mais importância àquilo que lhe for melhor para o momento. IMEDIATISMO. E só vai reclamar da situação calamitosa em que se encontram nossas estradas quando REALMENTE precisarem delas ou quando uma pessoa próxima for vitimada por algum problema derivado da má conservação das vias.
Wantuil Júnior de Angelo Lima



CURIOSIDADE:



LEIA MAIS EM:

Nenhum comentário:

Postar um comentário